3ª SEMANA DE ESTUDOS
Nesta terceira semana de estudos terminamos a leitura do texto proposto na semana anterior, depois de ler, tivemos que responder as questões solicitadas pela professora. Segue abaixo minha considerações referentes as assunto.
Os pós-modernos não ignoram a razão simplesmente, o que eles propõem é tomá-la como construção histórica, socialmente construída, produzidas em circunstâncias localizadas, particulares. A crítica pós-moderna argumenta que a razão precisa ser considerada junto com as dimensões afetivas, morais, estéticas que identificam o sujeito.
O desenvolvimento da consciência interage ao paradigma que privilegia a ação do sujeito sobre o objeto, o sujeito torna-se absoluto, autônomo na construção do conhecimento e do pensamento. No extremo esse paradigma defende o primado explicativo das idéias, a auto-suficiência do sujeito pensante, sem considerar as condições históricas e objetivas. Por causa disso a filosofia da consciência ou do sujeito tende a privilegiar uma única linguagem, a linguagem da razão, o conhecimento organizado, o sistema, o modelo, a visão sistemática da realidade. A formação humana continua sendo condição de humanização e tarefa da pedagogia, onde se inclui certamente o desenvolvimento da razão. Trata-se de uma racionalidade que resgata a subjetividade, a autonomia da consciência humana, assentada no desenvolvimento das capacidades cognitivas e afetivas de problematização e apreensão da realidade.
Há pluralidade de linguagens na sociedade e esta pluralidade ajuda a construir a singularidade dos indivíduos dentro do grande grupo. O cotidiano, a experiência pessoal, o conhecimento intersubjetivamente partilhado, a diferença e os diferentes discursos... Todos, juntos, formam as diversas variações de linguagem existentes na sociedade. Não há um jeito melhor ou mais completo. Na questão da linguagem, conforme Libâneo, há caminhos diferentes de interpretação e é exatamente este fato que a torna tão especial: sem interpretação, não há linguagem e para que haja uma interpretação de valor é necessário o ensino.
O hibridismo ajuda a educação, pois num contexto geral chegou-se a conclusão que o currículo deve ser hibrido, ou seja, deve aceitar e incorporar diferentes teorias e práticas e todas as formas de diversidade, considerando as condições históricas particulares em que é posto em prática. São associadas às perspectivas teológicas de um futuro de mudanças, fundamentada na filosofia do sujeito, na filosofia da consciência e na valorização do conhecimento como produtor de sujeitos críticos e autônomos, com o descentramento do sujeito, a concentração discursiva da realidade e a vinculação entre saber e poder.
São vários os dilemas a serem enfrentados, tanto teóricos quanto práticos. Um deles é o universalismo e relativismo, que atingem especialmente os objetivos da educação escolar. A controvérsia relativismo x universalismo constitui hoje uma oposição estabelecida no discurso da educação e da cultura. Dever-se-ia tentar conciliar de modo harmonioso o universalismo e o relativismo, inerentes ao pensamento científico e o relativismo ensinado pelas ciências humanas, atentas à pluralidade dos modos de vida, dos conhecimentos especulativos do mundo e das sensibilidades culturais.
Outro dilema diz respeito as formas de organização curricular, ao currículo e as práticas escolares, em que eu de um lado fica um currículo baseado na formação do pensamento científico e de outro um currículo baseado na experiência sociocultural. O currículo baseado na formação do pensamento científico estaria voltado para lidar com a realidade, sem descartar a motivação do aluno, sua subjetividade e contextos de vida. Quem defende um currículo experiencial, o conhecimento escolar estaria na experiência sociocultural, na convivência e nas práticas de socialização. A cultura escolar estaria subordinada aos saberes de experiência de que são portadores os alunos, dissolvendo-se a disciplinaridade em favor de um conteúdo mais próximos as manifestações culturais.
O terceiro dilema são as formas de organização institucional da escola, por um lado a escola terá a necessidade de funcionarem submetidas as regras mínimas, justificadas em função de estabelecer um clima adequado ao trabalho intelectual. De outro, se argumentará que essa moral universal não pode existir, porque ela depende de contextos particulares da vida dos alunos e da comunidade.
O quarto dilema resume os anteriores. Ele põe a questão da escolha entre dois significados que se pode dar à educação inclusiva.